quarta-feira, 9 de junho de 2010
corpo, sempre quente pois vazio
"Depois de ver-te, terei mudado"
Tanto te queria sem te ver,
macio era o corpo que não tinha,
então nada eras, sendo minha,
e sólida em mim, sem o saber.
Perderemos os dois no instante
em que tato e tato se completam,
em que fome e fome se aquietam,
e do nada emerge a amante
Não mude. Não me veja. Mais nada.
Deixemos intocado o macio
corpo, sempre quente pois vazio;
nossa esperança, imaculada.
[ augusto dos anjos - noli me tangere ]
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