O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

sexta-feira, 12 de julho de 2013

quinta-feira, 4 de julho de 2013

noparaíso


e disseram-me, direto na alma: ouça muito e cale. seja feliz e cale. viva, mas de boca fechada. cale-se: calo-me. cálice na mão e um brinde. e silêncio. despeço-me daqui, foi bom, mas ai, devo me calar. até.

felizémeuprimeironome

 
Não há um instante que não possa ser a cratera do Inferno.
Não há um instante que não possa ser a água do Paraíso.
Não há um instante que não esteja carregado como uma arma.
 
- Jorge Luis Borges

quinta-feira, 27 de junho de 2013

depressaeprasempre


Rir por último e rir melhor, rir no fim e não no começo - porque é a risada mais lenta e mais gostosa -, rir de mim sem PRECISAR zombar dos outros (dica) e, antes de qualquer coisa, não rir dos outros - porque já aparentam rir o suficiente, cá entre nós -, ter o infinito e não o efêmero, ter a cortina para enfeitar e não para fingir algo que não existe, e, acima de tudo, me esconder a cada intromissão indesejada das mesmas pequeneiras de sempre: mudando de canto e mudando de olho mágico. Vida doce e vida pura, verdade e futuro andam juntos, mais uma vez.

quarentaenovedesejos-disseabalança

Passou um vento forte de Junho e ela saiu voando. Lá de longe viu o tempo passando...

terça-feira, 25 de junho de 2013

maprettyone

Que é que penso do amor? – Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. 
- Roland Barthes

segunda-feira, 24 de junho de 2013

 
"A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio."
(Heidegger)

domingo, 23 de junho de 2013

canções de apartamento


 A dúvida pousada no meu ombro como (o fantasma) de um pássaro antigo, ora negro, ora multicolorido, sussurrando enigmas e gritando obviedades, berrando palavras controversas, soprando pavores, rasgando os meus ouvidos e mutilando minha consciência, exercendo a dicotomia perdida do clichê de um ser libriana. Ir e não-ir lado a lado com o mesmo peso na balança da consciência. Sombra que me acompanha, dando um não preventivo a todo e qualquer sim, como uma corrente presa ao pé, pesando a minha alma. Um querubim atrevido em cada ouvido, opinando contrariedades em meu juízo, oprimindo minha natureza. Noites metodicamente mal dormidas que compõem o cenário das minhas páginas marcadas nos livros de cabeceira. E desconto tudo no sublinhar dos parágrafos, identificando-me com as palavras como uma forma de fuga. É desacreditar que nado em liberdade fluida e felicidade plena, por medo, por receio, por achar que não enxergo bem. Sou cega, sou míope? Como saber se enxergo direito o que existe ou se sofro de alguma espécie de daltonismo das coisas, afinal?

Ando um passo à frente e recuo dois - de novo... -, eterna mania de autossabotagem, doente autossabotagem - é preciso que me empurrem à frente para que eu caminhe e não mais engatinhe, como quem tateia no escuro com medo de bater a testa na quina, quando poderia simplesmente fechar os olhos e me deixar ser levada pelos sentidos. Dúvida, medo, receio, recuo. Canções de apartamento e um chá de morango ao pé da janela, e muita, mas muita angústia de ver a porta se abrir e eu dar de cara com a alegria do cheiro moreno da pele dele. Grito na janela e me permito expor meu amar quem me ama, tão lindo. Boralá. Não, pera. Pronto. Não, pera...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

getlucky


Like the legend of the phoenix
All ends with beginnings
What keeps the planet spinning
The force from the beginning

segunda-feira, 17 de junho de 2013

forgetting to give back

o que pra alguns é clausura pra mim é luxo
o que pra muitos é misantropia pra mim é sossego
não pesa na consciência a distância - e se doer, que doa
nem seu subsequente distanciamento - para ser bem redundante
só busco a saúde, o sopro, a paz
e quem quiser do mesmo, que me acompanhe...
jamais o contrário.

é como beber o vinho sem ter ressaca,
como sentir sabores sem doer o estômago
é estar em pé e ter fé na vida.

a vida é doce, depressa demais


Acordar com o bom humor dos efeitos de um fim de semana perfeito. Respirar suspiros até o último espaço que suportam os pulmões. Contemplar os cheiros doces das quinas do apartamento. O gole inicial que desperta. Agradecer ao Mestre pelos momentos e pelos acontecimentos dos últimos dias. Foram horas - e todas elas - impecáveis. Um sorriso sincero é o espelho de toda a bondade que existe. E, acima disso, a sinceridade é o mérito de quem realmente sabe o que faz. E claro, de quem é feliz. Grata e renovada, começo a semana com todas as forças do mundo, pronta para fazer o melhor de mim, mais uma vez, e muito embora finalmente de férias, carregando o peso do peso da mais recente "feira" feita na livraria (porque certos exageros são justificáveis e aceitáveis). Cabeça a mil e sempre, e eu digo sempre, a certeza de que sou só minha e dona dos meus minutos.

domingo, 16 de junho de 2013

piegas

Mimos para os dias de chuva. Janelas abertas para o bom pressentimento de que já é tempo das cortinas, muito embora anônimas. Tudo flui e tudo ensina.

Importante é quem cuida, é quem lembra, é quem nunca falha. É quem faz e refaz tudo sem pensar duas vezes. É quem faz questão de estar por perto e que jamais nega carinho. É quem tem coragem de mostrar o que realmente sente e não desperdiça tempo com o mimetismo deslumbrado das aparências. Nem tudo o que reluz é ouro e nem toda flor perfumada é de verdade. Fingir engana aos tolos, mas não a mim.  

quarta-feira, 12 de junho de 2013

quiet is the new loud - my valentine

Amou o amor em silêncio,
Para que durasse pouco, para que valesse muito
E perfumou em um vaso da sala as cores que não desbotam, das flores as quais tudo devotam
e que duram o tempo suficiente do particípio.
E a vontade de cantar a deuseomundo 
O que eu fazia questão de manter em segredo,
por pura pirraça, por puro ensejo (falta de barulho é vantagem no fim das contas),
...de que aquilo um dia se tornasse tão efêmero
quanto hoje em dia é pleno.
Menino dos olhos de cor viva,
Tanto tempo até aqui...
Mas se o Tempo é Chronos - e bem tu sabes
ao pouco ele se esvai, nômade da existência,
quando menos se espera,
dobra-se a esquina.
E conclui-se que o melhor dia do mundo é o Hoje, e ele é só nosso.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

If you try walking in my shoes


Do lado de cá fica a história; do lado de lá, resta a memória. Fito um semblante de sobrancelhas arqueadas, como quem me indaga pela leveza do corpo. E como não ser leve? Levo comigo a lembrança mais doce do presente imutável, faço dele a cada segundo a mais linda reprise do que já aprendi um dia. Sei que Narciso morre por dentro já ao mirar-se de relance. O descobrimento de si dói somente ao que não espera. O mundo sem véus é mais do que se pensa. O espelho é mestre e o exemplo, tomara eu, que se faça da melhor maneira possível a quem me observa. 

A surpresa é o combustível dos que amam, e como eu amo... A rotina cansa mas é só minha, isso já vale mais do que tudo. Piso o concreto dos dias permeando as gentilezas que acumulo, no sorriso e nos olhos castanhos. Não jogue espinhos e pregos na estrada por onde você passa, um dia você pode voltar por ela descalço.

domingo, 9 de junho de 2013

zelo

Quando o sossego que me toma torna-se maior do que o sossego que me dá, dá-se a hora de delimitar espaço e tempo e dar meia volta - volver. Retroceder, recuar, reposicionar o não e o sim, ressuscitar a bolha e reagrupar palavras e gestos. Alto lá e peraí, que eu não sou posse de ninguém. Jamais me doeu decidir pela própria sanidade, e não será agora que hesitarei. Que pensam que fazem?, minha paz ninguém me tira. Descobri-me, de fato, egoísta e resistente, mas não do egoísmo amargo,  e sim do egoísmo sábio e sadio, enfatizando-me dona da minha própria saúde, usufruindo os ensinamentos que me deram meus pais, jamais permitindo que me anulem. Se me tiram o sono e me chamam tanto o nome, faço pausa e mudo o ritmo. Pondero tudo tal qual aprendi, do modo que faz bem a mim. Aquilo que me toma o juízo e me atrasa, deixo que siga o caminho sem que me leve. E pego eu o caminho do sorriso, recuada e sossegada, adentrando mais uma vez as mudanças positivas.

sábado, 8 de junho de 2013

paradoxo



"Toda a infelicidade dos homens vem apenas de uma coisa: não saber ficar em repouso, num quarto." 

(Pascal)

terça-feira, 4 de junho de 2013

caboclinha


Exausta, mas mais feliz impossível...
papitodocéu bom.
cores novas coisas novas :)
um misto de sorriso emoldurado e carinho no peito, o tempo inteiro.
Só me resta tempo e só me sobra saudade :~~~~~~

segunda-feira, 3 de junho de 2013

hey you

 
LENÇOL SUJO

Um casal de recém-casados mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que passaram na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal. Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar roupa.

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos... Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e, empolgada, foi dizer ao marido:

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas. Será que outra vizinha ensinou? Porque eu não fiz nada...

O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela.

E assim é.
Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Saiba ver a fundo se sua vida se caracteriza por aquilo que você faz questão de aparentar que seja, ou se há alguma falha que você insiste em ocultar, ou até mesmo não enxerga, projetando defeitos e falhas de virtude nos outros e distraindo-se tanto a ponto de não prestar atenção em si. Olhe, antes de tudo, para sua própria casa, e veja se há teto de vidro. Olhe para dentro de você mesmo, para o seu reflexo no espelho, e veja se há umbigo sujo. Olhe em volta e veja se você é perfeito(a) a ponto de querer ensinar ou julgar os outros.
Introjete nos seus pensamentos um tom a mais de humildade. Se não gostam de você, não significa que sentem inveja. Significa que há algo de errado aí dentro. ;) Construir inimizades e colecionar desdém e críticas à vida dos outros não torna você melhor do que ninguém. Pelo contrário. Faz de você a personificação da mediocridade. Desconfie se de fato o defeito e a falha estão no outro ou se na verdade há algo em você que precisa ser corrigido. 
Lave sua vidraça.
Abra sua janela.

terça-feira, 28 de maio de 2013


I left my soul there,
Down by the sea
I lost control with you,
And living, living,
And I, living, by the sea

domingo, 26 de maio de 2013

a three-fold utopian dream


e agora não tem mais caminho de volta.

doce

"Gente
que sorri
e de repente
traz o tal
riso
pra alma
da gente."

— Ana Favorin

quinta-feira, 23 de maio de 2013

let it blow


de tamanha a grandeza da felicidade por dentro, é possível o ser humano explodir?
somos capazes de sumir[mos] no Nada, dada a leveza da alma?
é permitido a nós o dom de flutuar num sorriso?

apontando o dedo à pessoa mais linda dos últimos anos,
morre-se de deslumbramento?

mirando ao porto seguro de todo e qualquer desejo,
o paraíso no paradoxo do pecado,
sinestesia, velha sinestesia
e só um telefonema para filtrar o dia.
é possível um beijo dar choque?
tô louca e sou pouca,
e já é muito esse ano

que ninguém retroceda o Tempo,
e tampouco rebobine meus gestos
para trás jamais se anda, para frente tudo se busca,
futuro e seguro,

a-m-o-r,
verbete mais piegas e mais lindo e mais termogênico do mundo.

domingo, 19 de maio de 2013


férias, por favor

segunda-feira, 6 de maio de 2013

será que esses olhos são meus


 trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir
[...]
meu trabalho é te traduzir

domingo, 5 de maio de 2013

Les chansons d'amour


choveu
fechou a janela

apagou a luz
esqueceu a roupa,

céu grisalho, pés gelados

deitou-se
ali ficou, o dia inteiro

cobriu as partes que o lençol não alcançou
esquentou tudo o que fez frio

sussurrou no ouvido
entranhou-se nos aromas

como quem não esperava, fez frio

"vocêéminha"

fechou os olhos
sorriu

era tudo pleno.

um vinho
a tv
e nada mais foi preciso naquele dia
nãometiremdaqui.

domingo, 28 de abril de 2013

sexta-feira, 19 de abril de 2013

daqui pra lá não vai sobrar nada pra ser

Abro os olhos com o rosto ainda afundado entre os dois travesseiros - um que apoia a cabeça, um que protege da claridade da luz que vem da janela ainda sem cortina. Pontualmente às seis, quando o despertador do celular já não aceita mais soneca, levanto-me e por um quarto de tempo não me reconheço no espelho - o rosto amassado e marcado com as flores da fronha, o pescoço doído e marcado do torcicolo da madrugada, o cabelo fora de eixo e as olheiras de até bem mais tarde. E nessa rotina de fitar as marcas do rosto e as chagas dos outros e os fios despenteados por longos minutos, enquanto a água fria faz o seu papel, lembro de como me espalhei em cada canto do meu quarto. Por fim, o banho quente me abraça. O creme do cabelo me anima. É cheiro de outro-dia. É sinestesia. Mentalizo já no café com leite - quente e doce - a minha rotina e enumero os afazeres do dia. Lembro que é dia de sentir saudades. Lembro que há seminário para fazer. Lembro do relatório. Lembro da tese. Lembro que é o dia do amaciante e do sabão em pó. Lembro da lista de compras. Lembro de trocar os lençóis, lembro de atender ao telefone, lembro de marcar os médicos do mês de Abril, lembro de tudo, lembro dele. E lembro de novo das saudades. Mas pera lá, algo muda, hoje é sexta, e aí...


terça-feira, 16 de abril de 2013

mit Zucker, mit Liebe

Quando a palavra "vício"  torna-se banalizada no cotidiano, longe de representar as falhas e fraquezas patológicas dos outros, mas perto demais de ser confundida com a virtude dentro de mim. Porque passa longe de ser aquilo que me prejudica, tem feito milagres no meu dia-a-dia. Seja um sabor, um cheiro, uma cor. Tudo ficou mais bonito, mais puro, mais simples, com bordas e texturas, com limites e contornos - não mais solto no todo, não mais abstrato e subjetivo. Besteiras de sorrir para o pardalzinho na janela, já não sei quão satisfeita eu sou.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

cayman islands


Todo o processo vertiginoso - ainda insistente - de conter o frio na barriga enquanto as borboletas fazem a festa; todo o ritual de sentir saudades e de corar as bochechas à medida que as horas passam, à espera da noite; o tom de voz pueril que escapa entre as palavras, já sem controle; as músicas cada vez mais melódicas - tudo condena o pieguismo do recomeçar e do não-ter-medo-do-amanhã. Se durar um dia, certamente foram as 24 horas mais doces das últimas épocas. Se entranhar como um para-sempre, não importa o tempo, serei boba sem pudor e sem prazo de validade. E não é essa a graça, afinal?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

hm

Vertigem, vertigem, coração palpita; Sinestesia - e essa só presta de olhos fechados -, metonímias fáceis e todos os sentidos à flor da pele. E um nome que ecoa na cabeça, fonemas que sibilam e que acalantam, e um cheiro que permeia a roupa, e o gosto que só sentindo, e a alma que me salvou do precipício, o oposto dos medíocres, o oposto da angústia. E é uma alma das mais encantadas. Sente e lê a mente. Crente de presente. É o silêncio, é o olhar tranquilo. É a saudade. Perto, sou verme. Sou cega. Sou outra. Sou melhor.

Uma trilha sonora já fixa, um sussurro contracenado com suspiros. Ceguei, ceguei, a tua luz...

terça-feira, 26 de março de 2013



"É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca."

(Chico Buarque)

sábado, 23 de março de 2013

"Não se deve confundir 'cordialidade' com 'boas maneiras'. (...) O 'homem cordial' não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva, inclusive suas manifestações externas, não necessariamente sinceras nem profundas, que se opõem aos ritualismos da polidez."

- Sérgio Buarque de Holanda

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Toda a verdadeira vida é encontro.
-Martin Buber

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Please come right up to my ears
You will be able to hear what I say

iw

tirandapoeira

É quando o tempo já não caminha e somente se esconde entre as sobras e sombras da própria rotina, quando há mais obrigações do que minutos no relógio dourado, quando já não dá tempo de esperar o café esfriar para bebê-lo, e queimar o céu da boca nem dá mais barato como antigamente, porque no mesmo instante mil outras coisas já chegaram chegando, disputando a atenção. E agora é só esperar as ruguinhas no canto dos olhos, e aquele pigarro de quem já pensa em mudar de hábitos, aquele suspiro de quem se dá conta que daqui a pouco o ano acabou.

Disfarço sorrisos e afino silêncios, me restou ser feliz pra dentro porque nem tempo mais eu tenho.