O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

quinta-feira, 27 de junho de 2013

depressaeprasempre


Rir por último e rir melhor, rir no fim e não no começo - porque é a risada mais lenta e mais gostosa -, rir de mim sem PRECISAR zombar dos outros (dica) e, antes de qualquer coisa, não rir dos outros - porque já aparentam rir o suficiente, cá entre nós -, ter o infinito e não o efêmero, ter a cortina para enfeitar e não para fingir algo que não existe, e, acima de tudo, me esconder a cada intromissão indesejada das mesmas pequeneiras de sempre: mudando de canto e mudando de olho mágico. Vida doce e vida pura, verdade e futuro andam juntos, mais uma vez.

quarentaenovedesejos-disseabalança

Passou um vento forte de Junho e ela saiu voando. Lá de longe viu o tempo passando...

terça-feira, 25 de junho de 2013

maprettyone

Que é que penso do amor? – Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. 
- Roland Barthes

segunda-feira, 24 de junho de 2013

 
"A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio."
(Heidegger)

domingo, 23 de junho de 2013

canções de apartamento


 A dúvida pousada no meu ombro como (o fantasma) de um pássaro antigo, ora negro, ora multicolorido, sussurrando enigmas e gritando obviedades, berrando palavras controversas, soprando pavores, rasgando os meus ouvidos e mutilando minha consciência, exercendo a dicotomia perdida do clichê de um ser libriana. Ir e não-ir lado a lado com o mesmo peso na balança da consciência. Sombra que me acompanha, dando um não preventivo a todo e qualquer sim, como uma corrente presa ao pé, pesando a minha alma. Um querubim atrevido em cada ouvido, opinando contrariedades em meu juízo, oprimindo minha natureza. Noites metodicamente mal dormidas que compõem o cenário das minhas páginas marcadas nos livros de cabeceira. E desconto tudo no sublinhar dos parágrafos, identificando-me com as palavras como uma forma de fuga. É desacreditar que nado em liberdade fluida e felicidade plena, por medo, por receio, por achar que não enxergo bem. Sou cega, sou míope? Como saber se enxergo direito o que existe ou se sofro de alguma espécie de daltonismo das coisas, afinal?

Ando um passo à frente e recuo dois - de novo... -, eterna mania de autossabotagem, doente autossabotagem - é preciso que me empurrem à frente para que eu caminhe e não mais engatinhe, como quem tateia no escuro com medo de bater a testa na quina, quando poderia simplesmente fechar os olhos e me deixar ser levada pelos sentidos. Dúvida, medo, receio, recuo. Canções de apartamento e um chá de morango ao pé da janela, e muita, mas muita angústia de ver a porta se abrir e eu dar de cara com a alegria do cheiro moreno da pele dele. Grito na janela e me permito expor meu amar quem me ama, tão lindo. Boralá. Não, pera. Pronto. Não, pera...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

getlucky


Like the legend of the phoenix
All ends with beginnings
What keeps the planet spinning
The force from the beginning

segunda-feira, 17 de junho de 2013

forgetting to give back

o que pra alguns é clausura pra mim é luxo
o que pra muitos é misantropia pra mim é sossego
não pesa na consciência a distância - e se doer, que doa
nem seu subsequente distanciamento - para ser bem redundante
só busco a saúde, o sopro, a paz
e quem quiser do mesmo, que me acompanhe...
jamais o contrário.

é como beber o vinho sem ter ressaca,
como sentir sabores sem doer o estômago
é estar em pé e ter fé na vida.

a vida é doce, depressa demais


Acordar com o bom humor dos efeitos de um fim de semana perfeito. Respirar suspiros até o último espaço que suportam os pulmões. Contemplar os cheiros doces das quinas do apartamento. O gole inicial que desperta. Agradecer ao Mestre pelos momentos e pelos acontecimentos dos últimos dias. Foram horas - e todas elas - impecáveis. Um sorriso sincero é o espelho de toda a bondade que existe. E, acima disso, a sinceridade é o mérito de quem realmente sabe o que faz. E claro, de quem é feliz. Grata e renovada, começo a semana com todas as forças do mundo, pronta para fazer o melhor de mim, mais uma vez, e muito embora finalmente de férias, carregando o peso do peso da mais recente "feira" feita na livraria (porque certos exageros são justificáveis e aceitáveis). Cabeça a mil e sempre, e eu digo sempre, a certeza de que sou só minha e dona dos meus minutos.

domingo, 16 de junho de 2013

piegas

Mimos para os dias de chuva. Janelas abertas para o bom pressentimento de que já é tempo das cortinas, muito embora anônimas. Tudo flui e tudo ensina.

Importante é quem cuida, é quem lembra, é quem nunca falha. É quem faz e refaz tudo sem pensar duas vezes. É quem faz questão de estar por perto e que jamais nega carinho. É quem tem coragem de mostrar o que realmente sente e não desperdiça tempo com o mimetismo deslumbrado das aparências. Nem tudo o que reluz é ouro e nem toda flor perfumada é de verdade. Fingir engana aos tolos, mas não a mim.  

quarta-feira, 12 de junho de 2013

quiet is the new loud - my valentine

Amou o amor em silêncio,
Para que durasse pouco, para que valesse muito
E perfumou em um vaso da sala as cores que não desbotam, das flores as quais tudo devotam
e que duram o tempo suficiente do particípio.
E a vontade de cantar a deuseomundo 
O que eu fazia questão de manter em segredo,
por pura pirraça, por puro ensejo (falta de barulho é vantagem no fim das contas),
...de que aquilo um dia se tornasse tão efêmero
quanto hoje em dia é pleno.
Menino dos olhos de cor viva,
Tanto tempo até aqui...
Mas se o Tempo é Chronos - e bem tu sabes
ao pouco ele se esvai, nômade da existência,
quando menos se espera,
dobra-se a esquina.
E conclui-se que o melhor dia do mundo é o Hoje, e ele é só nosso.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

If you try walking in my shoes


Do lado de cá fica a história; do lado de lá, resta a memória. Fito um semblante de sobrancelhas arqueadas, como quem me indaga pela leveza do corpo. E como não ser leve? Levo comigo a lembrança mais doce do presente imutável, faço dele a cada segundo a mais linda reprise do que já aprendi um dia. Sei que Narciso morre por dentro já ao mirar-se de relance. O descobrimento de si dói somente ao que não espera. O mundo sem véus é mais do que se pensa. O espelho é mestre e o exemplo, tomara eu, que se faça da melhor maneira possível a quem me observa. 

A surpresa é o combustível dos que amam, e como eu amo... A rotina cansa mas é só minha, isso já vale mais do que tudo. Piso o concreto dos dias permeando as gentilezas que acumulo, no sorriso e nos olhos castanhos. Não jogue espinhos e pregos na estrada por onde você passa, um dia você pode voltar por ela descalço.

domingo, 9 de junho de 2013

zelo

Quando o sossego que me toma torna-se maior do que o sossego que me dá, dá-se a hora de delimitar espaço e tempo e dar meia volta - volver. Retroceder, recuar, reposicionar o não e o sim, ressuscitar a bolha e reagrupar palavras e gestos. Alto lá e peraí, que eu não sou posse de ninguém. Jamais me doeu decidir pela própria sanidade, e não será agora que hesitarei. Que pensam que fazem?, minha paz ninguém me tira. Descobri-me, de fato, egoísta e resistente, mas não do egoísmo amargo,  e sim do egoísmo sábio e sadio, enfatizando-me dona da minha própria saúde, usufruindo os ensinamentos que me deram meus pais, jamais permitindo que me anulem. Se me tiram o sono e me chamam tanto o nome, faço pausa e mudo o ritmo. Pondero tudo tal qual aprendi, do modo que faz bem a mim. Aquilo que me toma o juízo e me atrasa, deixo que siga o caminho sem que me leve. E pego eu o caminho do sorriso, recuada e sossegada, adentrando mais uma vez as mudanças positivas.

sábado, 8 de junho de 2013

paradoxo



"Toda a infelicidade dos homens vem apenas de uma coisa: não saber ficar em repouso, num quarto." 

(Pascal)

terça-feira, 4 de junho de 2013

caboclinha


Exausta, mas mais feliz impossível...
papitodocéu bom.
cores novas coisas novas :)
um misto de sorriso emoldurado e carinho no peito, o tempo inteiro.
Só me resta tempo e só me sobra saudade :~~~~~~

segunda-feira, 3 de junho de 2013

hey you

 
LENÇOL SUJO

Um casal de recém-casados mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que passaram na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal. Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar roupa.

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos... Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e, empolgada, foi dizer ao marido:

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas. Será que outra vizinha ensinou? Porque eu não fiz nada...

O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela.

E assim é.
Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Saiba ver a fundo se sua vida se caracteriza por aquilo que você faz questão de aparentar que seja, ou se há alguma falha que você insiste em ocultar, ou até mesmo não enxerga, projetando defeitos e falhas de virtude nos outros e distraindo-se tanto a ponto de não prestar atenção em si. Olhe, antes de tudo, para sua própria casa, e veja se há teto de vidro. Olhe para dentro de você mesmo, para o seu reflexo no espelho, e veja se há umbigo sujo. Olhe em volta e veja se você é perfeito(a) a ponto de querer ensinar ou julgar os outros.
Introjete nos seus pensamentos um tom a mais de humildade. Se não gostam de você, não significa que sentem inveja. Significa que há algo de errado aí dentro. ;) Construir inimizades e colecionar desdém e críticas à vida dos outros não torna você melhor do que ninguém. Pelo contrário. Faz de você a personificação da mediocridade. Desconfie se de fato o defeito e a falha estão no outro ou se na verdade há algo em você que precisa ser corrigido. 
Lave sua vidraça.
Abra sua janela.