O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

rain fall down - I'll sing you a lullaby

Me perguntaram se eu tinha medo. Indagaram sobre minha coragem. Lamentaram minha alma enferma. Me falaram que pulei alto, duvidaram se eu cairia em pé. Admiraram minha atitude. Aliviaram-se perante meu progresso. Me questionaram sobre eu ter paciência. Chegaram a temer. Perguntaram o que eu sentiria depois. Questionaram o meu alívio. Respeitaram a minha dor. Entenderam quando sorri, festejaram a minha evolução. Conformaram-se com os mistérios das coisas absurdamente corretas, provenientes da dor. Respeitaram minha coragem, por fim, e concluíram que sempre a tive, que todos a têm, mas em cada um ela aflora num tempo certo. O antídoto mágico que se se usa apenas quando preciso, nem antes, nem depois. Assim cuidam de nós as pessoas que se preocupam. E vi que nesse universo há alguém tão onipotente e que ama tanto a gente que nos faz nascer com a alma respingada, aqui e ali, para que não nos sintamos sozinhos no mundo, para que não vivamos em casulo. Somos nós e nossas outras almas, somos complementados pelos outros, nossas almas fracionadas, galhos da árvore que somos, ramificações de vida, enquanto cai a chuva - nossos amigos. 

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