O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

quinta-feira, 3 de maio de 2012

here comes

A vida oscila como um pêndulo de chumbo, alternamos entre os estados de espírito, desviamos o corpo da força contrária. O Homem quer terra à vista, mas se recusa a gastar forças para nadar até a margem. Termina por afogar-se no nada. O conforto das almofadas impede-nos de movermos as pernas. As palavras são flechas, salvam ou matam. Torno-me o cristal que com muito tempo se lapida, mas dificilmente se quebra. Reluzo cores e formas, giro como um caleidoscópio. No sofrimento da ostra nasce a beleza da pérola, a dor do parto da existência recepciona a verdadeira vida, a cicatriz coça para depois sarar. Para germinar a rosa, há de lembrar que toda beleza é frágil, e que por isso os espinhos são necessários para a sua proteção. Da garganta à boca percorre a voz um longo caminho, recebendo ordens do pensamento. Tal como os músculos, é pela repetição que fortalecemos uma idéia. Pela falta de estímulos, a mesma acaba por atrofiar. Há de girar de acordo com a grande roda. Antes a polissemia das vírgulas ao decisivo ponto. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.