O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

o nosso viver de aparências


Tem sabor de café, de iogurte,de pasta de dente e enxaguante bucal. Tem sabor o seu beijo pela manhã. Tem cor de nuvem, tem cor de fruta, seu sorriso, sua boca. Tem som de acalanto a sua risada. Seu humor borbulha.


Seu timbre soa como a trilha do meu silêncio; seu ritmo coordena a minha preguiça. Sua mão em toque de felino. O olhar embebido em carência. Seu abraço, seu afago. Desperta-me. Seu beijo ao acordar.

Levanta, alguém nos chama. O dia se espreguiça... O vento nos cumprimenta. Chegamos mais uma vez ao ponto de partida do nosso percurso – o ponto de partida de mais um dia, o de acordar repetidamente, lado a lado. O de todos os dias.

-Seu beijo ao acordar.-

Reiterando o ciclo, reiterando o tempo. Aquele de permanecer constante. REnascendo. Acompanhando o sol, ouvindo a rua, regendo os pássaros. Dormindo e despertando. Observando o fruto, aprendendo e ensinando. Produto nosso. Como sorrimos...! Amigo, pai, marido, bom dia. Mais um, como aqueles tantos. Seu beijo ao acordar.

Tem cor de chuva o nosso sono. Tem cheiro de creme e amaciante. Tem a leveza do cobertor, a profundidade dos travesseiros. Só o relógio faz ruído. Tem sabor de pimenta, gengibre, hortelã, chocolate. Seu beijo ao dormir.

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