O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

o moralista que tudo vê

‎"Minhas peças têm um moralismo agressivo. Nos meus textos, o desejo é triste, a volúpia é trágica e o crime é o próprio inferno. O espectador vai para casa apavorado com todos os seus pecados passados, presentes e futuros. Numa época em que a maioria se comporta sexualmente como vira-latas, eu transformo um simples beijo numa abjeção eterna.".

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"Manuel Bandeira chegou pra mim um dia, quando eu e meus personagens éramos odiados, e disse:' Nelson, por que você não faz uma peça em que os personagens sejam assim como todo mundo?' Eu respondi da forma mais singela: 'Mas meu caro Bandeira, meus personagens são como todo mundo.' Porque uma coisa é verdade: quem metia ou mete o pau no meu teatro está procedendo como um Narciso às avessas, cuspindo na própria imagem."

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“A ficção para ser purificadora precisa ser atroz. O personagem é vil para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de todos nós.”;

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....E esse é o moralista que nos cala antes mesmo de pensarmos em fazer o erro. Nelson Rodrigues, desvelado em uma ótima palestra com o fantástico Prof. Roberto Machado, esta noite. Volto para casa sentindo falta de óculos, mas a engolir toda e qualquer peça possível.

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