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"Manuel Bandeira chegou pra mim um dia, quando eu e meus personagens éramos odiados, e disse:' Nelson, por que você não faz uma peça em que os personagens sejam assim como todo mundo?' Eu respondi da forma mais singela: 'Mas meu caro Bandeira, meus personagens são como todo mundo.' Porque uma coisa é verdade: quem metia ou mete o pau no meu teatro está procedendo como um Narciso às avessas, cuspindo na própria imagem."
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“A ficção para ser purificadora precisa ser atroz. O personagem é vil para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de todos nós.”;
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....E esse é o moralista que nos cala antes mesmo de pensarmos em fazer o erro. Nelson Rodrigues, desvelado em uma ótima palestra com o fantástico Prof. Roberto Machado, esta noite. Volto para casa sentindo falta de óculos, mas a engolir toda e qualquer peça possível.
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