Há o colo ao dormir. Há um aperto de mão. Um cafuné que nunca tarda a vir. Há o bom dia com beijo de hortelã, há o filho que me envolve em dias de magnitude, há os amigos. Sou rodeada de mundo, mas não sou mais nada além de solitária desde então, simplesmente porque ninguém conseguirá sentir a dor por mim. O desabafo não consola, lamento, a não ser que alguém consiga entregar dentro de um envelope a minha dor para outra pessoa. Quiçá eu a envie pelo correio a algum desconhecido que cometeu grandes pecados nessa vida (toma, você merece mais do que eu). Quiçá eu me lembre de que aquilo que nos é dado é proporcionalmente igual à nossa capacidade e à nossa força, que eu não vivo as coisas por acaso e que, quer saber..., pelos mistérios entre o céu e a terra eu precisaria realmente doer por dentro para entender o lado de fora, amanhã. Não que eu me julgue merecedora de dor. Afinal, quem de nós, seres humanos, seria? Não que eu me julgue vítima diante da dor. Afinal, concordemos, seria horrível...
Por alguma razão, sofrer lapida os diamantes. Por alguma razão, ressuscitei Monalisa e equilibro a tristeza dentro da minha bolha de contentamentos.
O passado nada mais é do que o presente já dobrando a esquina. O futuro? Uma roda viva incapaz de ser regida como desejamos.
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