O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

domingo, 27 de março de 2011

outra coisa é o Homem de viver


Terça-feira. Despretensiosamente - quase que por transmissão de pensamento ou coisa que o valha. (...) Ao fundo, o ruído gostoso da chuva. Foi no dia 22 deste mês, há uns dias, logo ali na sala, antes de dormir. Foi na volta da faculdade, quase desacreditada de ainda render mais alguma coisa. Mais precisamente às 22:45, na TV da sala, que é para não acordar o marido. Ali. No Canal Futura. Entre o chá de camomila com hortelã, o leite gelado com Nescau e os copos de água. Eis que, num desespero proveniente da insônia e no chaveamento frenético dos canais, alcanço o ‘32’ e me deparo com o fantástico programa “Umas Palavras”, com o mais fantástico ainda Benedito Nunes. E faço todo esse alarde só pelo fato de haver ali uma grande coincidência, pois justo nesse dia eu reli tanta coisa dele..., como quem não se conforma que ele foi e não volta.

Voz doce. Perspicácia sem tamanho. Conhecimento de mundo que chega a doer no meu calo de inveja. Analogias completamente pertinentes e inspiradoras. Heidegger e Sartre via Clarice Lispector. João Cabral. Deslizamento da Clarice. Aquele do vigor verbal extraordinário. Uma coisa é o homem de escrever, outra coisa é o homem de viver. A crítica literária floresce quando floresce a Literatura. E, permitindo-me parafrasear ainda mais o filósofo e crítico, aprender alemão é o “serviço militar” para se entender [e aprender] a Filosofia. E aí as coincidências gritam...

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