O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

learn to fly


Delibo a loucura, sorvo a tempestade da rua, mastigo a impaciência, digiro a calma, e então bebo mais um gole de psicose. Porque sou alucinada, porque sou louca, porque sou tudo de coisa normal. Fecho os olhos e sinto penetrar o fluido da liberdade, do cansaço corriqueiro substituído pelo vigor da individualidade. Difícil de entender? De fora sim. Quem me lê não entende tanto quanto eu me entendo. Quiçá uma amiga querida e cúmplice me entenda, mas não. Mas aqui dentro bate frenético um órgão que jorra sangue renovado por todos os lados, e que entende mais do que ninguém o que tento expressar por meio de sujeitos e predicados. É respirar fundo e subir a escada, não tem segredo. É não esperar a aprovação de ninguém, nem de quem você espera que aprove. É dizer, gritar pela janela: sou assim e pronto! E ver quem lhe acompanha lhe aceitar assim (e que bom que aceitou...). E pentear o cabelo defronte o espelho, usar aquele batom vermelho e dizer: hoje beberei. Hoje dançarei. Hoje exorcizarei as chateações, cuspirei os tragos poluídos do ser-em-si, do ser-para-outro. Nada a ver com Sartre e seu existencialismo, tem a ver comigo mesmo, com o meu umbiguismo. Um querer que o mundo se dane, que as pessoas efusivas e pouco sinceras se estripem. Sempre com uma dose de humildade, para não perder o foco. Vejo o mundo dar voltas... não pela embriaguez, mas sim porque o destino tira e dá, e aos que nos fazem mal tira na exata hora certa: quando mais precisam. Vi quem me fez mal sofrer as próprias dores, e apesar de ter tido a oportunidade de rir disso, me ofereço sempre para ajudar. Aprendendo lições, sempre.

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