O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Posfácio de Dezembro

Ter que suportar o mundo, ter que suportar os meses, ter que suportar os sabores e os trejeitos da memória, ter que suportar a razão, ter que suportar o sentimento. Tudo tão leve, mas que ainda assim aparenta pesar tanto para os outros, quase que obrigatoriamente. Amo e abrigo, guardo, esmago, gozo. Quando se fala de menos e se ouve demais, quando já sou personagem na imaginação do mundo, quando já sou estória nas frases do ócio mascarado das velhas gralhas de sempre. Os tetos de vidro que se quebram e se colam com cola de hipocrisia, e que sadicamente me apontam com o maior dedo da mão sem nem eu ter sofrido do mal.  A projeção dos coitados, a projeção das carências, a projeção dos próprios problemas. Costumo dizer que se assim querem, que assim seja, mas enfaticamente contraponho o argumento lembrando que nem tudo é o que parece, e nem tudo é real pelo simples fato de assim você o imaginar. Virei quase umas dez temporadas de uma novela estrangeira que jamais escrevi, e acho que em retribuição eu apenas diria: prestem atenção na realidade de vocês, porque a minha vocês erraram.


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