O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

sábado, 7 de agosto de 2010

carpe diem, quam minimum credula postero.


Nessas divagações sub-filosóficas que costumamos ter, parei para pensar no tempo. Cheguei à conclusão de que somos em totalidade seres confusos e contraditórios. Buscamos cada dia mais perseguir nossos sonhos em prol de nos tornarmos mais felizes. Mesmo aqueles que se sentem bem, sempre querem dias melhores, sonhos realizados, planos concretizados. A isso chamo de ambição pessoal. Em contrapartida, não há quem não olhe para trás em algum momento da vida e pense: “como eu era feliz e não sabia...!”. A isso chamo de nostalgia. Ela nos move, mas ao mesmo tempo nos prende. Ainda assim, sou apaixonada por ela. Se pudéssemos ter interferência direta no destino, com certeza traríamos coisas do passado para nosso presente, como uma espécie de “deja vu prático", algo do tipo. Com certeza você também tem vontade de misturar alegrias já sentidas com alegrias de agora. Dentro do meu campo de plenitude momentânea, na minha vida traçada e lapidada até hoje, confesso que gostaria de trazer para o “hoje” coisas já vividas. Aparências, cheiros, vozes, pessoas. Um pouco do sentimento de querer reviver certos momentos da mesma maneira, ou de um modo diferente. Entraria assim no campo “e se tivesse sido diferente?”, como também no “eu poderia ter dado um ‘pause’ para sentir mais aquela experiência”.

É verdade que embora satisfeitos nós não nos satisfazemos com o que temos. O copo nunca estará cheio o suficiente, precisaria de mais uma garrafa. E todos os dias damos goles em busca de esvaziá-lo, para encher com novo licor. Com novos sabores. Tenho até vontade de chorar, a nostalgia mexe muito comigo. Bem como o presente. Sou feliz, mas poderia ser mais, como pude e fui. Inconstância e inconsciente, tão mendigos das sensações, das experiências, da vida.

Eu era feliz e não sabia.
Sei que sou feliz hoje.
Ainda assim, direi amanhã: ontem eu era feliz e n-ã-o sabia.
Então, caro amigo... Carpe Diem, embora isso não seja certeza de nada.

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Saudade do cheirinho de tinta óleo. De colorir telas repletas de pouco talento.
nostálgica até o último fio de cabelo.
PS: já não sou amiga da vírgula. Ela, fica, onde, quiser.

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