segunda-feira, 12 de julho de 2010
pelo avesso, devagar e urgentemente.
Passados os dias de chuva, vento, sereno e céu grisalho, não me esqueci do verão daqui de dentro. Trovões e arco-íris. Transcendendo os calos nos pés e o ressecado que o calor e o sol provocaram – pés de molho na água com flores. Frio e calor, dicotomias e confusões dentro de osso, pele, frases, neurônios. Abstraída a desidratação de emoções e raciocínio, acendo meu cigarro da concórdia. Estabilizada a vida em apenas uma estação, quiçá primavera ou outono, talvez a última, minha predileta – cantarolo meus CDs favoritos. Poeira varrida, batalha vencida e listas e planos sob os ímãs da geladeira. Fogo e gasolina, pau e pedra, novo caminho.
Foram só alguns dias... Mas uma eternidade de paz invertida. Vez subvertida.
Em meio a luzes, cheiros, temperaturas, texturas e cores – renasço e morro, ainda a mesma, mas completamente diferente. O reflexo do espelho não-narcísico é o mesmo, não se iluda. Mas com pitadas de mel e fel. Não contem a ninguém...
É a felicidade.
É a vida.
É vida de viver a três, três vezes ao dia. Três vezes mais. Lendo ou não a bula, mas em dosagem apropriada – o descomedido. O exorbitante. O eufórico. O pelo avesso, devagar e urgentemente.
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