O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Para mim, sempre o escape


"Não sei sentir. Não sei ser humano.
Não sei conviver de dentro da alma triste,
com os homens, meus irmãos na terra.

Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático,
cotidiano, nítido.

Eu vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo,
mas tudo ou sobrou ou foi pouco.
Não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todos os pensamentos,
todas as emoções, todos os gestos
e fiquei tão triste
como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.

Amei e odiei como toda gente,
mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a excessão,
o choque, a válvula, o escape.

Não sei se a vida é pouco ou demais pra mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.

Mas seja como for, a vida,
de tão interessante que ela é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
de sair para fora de todas as portas, de todas as casas e ir ser selvagem, entre árvores e esquecimento."
~
Dias gostosos. Dia gostoso. Chuva booooaaaa...

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