O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

terça-feira, 27 de abril de 2010


Lembro agora o que me disse o futuro,
Os companheiros dos copos que conhecia,
Nas palavras cegas deitadas na mesa do café
Sobre a vida que era para ser, mas não é,
Cantadas em desconforto ou por simpatia.
Como se fossem vidas meadas por um muro.

Corrida contra o tempo que ousa não parar,
Deixando atrás o presente que se reitera,
Que ecoa nas vozes roucas das lembranças.
Ricas e tênues heranças,
Gritos calados por tanto que se espera,
Momentos passados desta vida secular.

Quero ir...
Quero voltar a estar onde estive,
Abrir as asas e voar, sonhar, recordar,
Sentir todos os minutos para me saborear.
Aprender de novo como se vive,
Como se ama a terra, sem fingir.

Imagino como era, como ainda será,
O sorriso dos meus pais, o seu abraço,
A saudade que os percorre, como a mim.
Um desejo, a vontade que não tem fim,
Ocupar o meu mundo, o meu espaço
Devolver este sorriso a quem me dá.
~~~~~~~
...escrever, para mim, não é tudo - mas é muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.