O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

terça-feira, 7 de agosto de 2012

black hole sun

A covardia é o pior dos vícios, é a fraqueza, a incapacidade diante da luta, é a incompetência mascarada - equipara-se à vaidade e ao orgulho, como deficiências da alma, como se faltassem voz e tato a um ser completamente saudável. É a preguiça encoberta em patologias mais graves, deixando que se percam tempo e história, ponteiros deslizando e inflacionando o calendário. Deixar para lá, pior do que o deixar para amanhã, só demonstra a fraqueza da alma. É onde se propaga o vácuo, ainda que percuciente, o abismo dentro do tempo que flui, como uma bolha de ar que impede o fluxo. A covardia, agasalhada pelo medo e pela dúvida, contamina e destrói as missões predestinadas ou preestabelecidas no imaginário de cada dia.  Assim anda a vida. Resume-se conclusivamente na decepção substantivada, quase personificada, objeto concreto e conclusivo do procrastinar. Consequências - o plantio e a colheita, a aceitação, o gole consolador e o trago punitivo de batalha encerrada, de corrida interrompida por medo alheio de tropeçar,  e meu nome simplificado, tal como ele era, de quando nasci. A covardia extingue ou oculta as virtudes, diminui o homem, dilacera o ego. A covardia envenena o caráter, desaponta as expectativas. E fim de papo.

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