O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

domingo, 7 de novembro de 2010

The sounds of silence


Vez em quando é preciso tirar férias de umas pessoas. Aquelas que roubam toda a sua energia, que lhe castram, que roubam a paz, seja de espírito ou não. Que lhe julgam sem nem lhe conhecer a fundo. Que querem opinar sem obter o direito para isso. Há quanto tempo eu não tenho paz de verdade, meudeus? Sempre com julgamentos pré-estabelecidos, críticas, decisões, impedimentos. Se eu fosse contar o quanto andei para trás nos últimos tempos..., tudo por “doação”, na maior da generosidade, querendo acompanhar sempre a vida do Outro, além ego, esquecendo dos meus anseios. - Perdi meu ego, alguém o viu por aí? - Entrei no esquecimento dos anos, vivendo uma vida que não era a minha, mas que eu adaptava de acordo com as circunstâncias, e não era da maneira inata. Fui moldando meu ser a fim de encaixar perfeitamente na vontade de outrem. Sempre fui a que obedecia ordens. A que abdicava, a que abria mão de coisas aparentemente egocêntricas em busca de agradar tudo e todos. Fui sendo cercada e hoje me encontro numa prisão. Nas últimas semanas descobri que a chave estava bem ali – me libertei. Hoje, faço planos para o futuro que dizem respeito a mim, e não aos outros. Não abro mais concessões (essas nunca raras, e sim constantes) e nem desisto de mim. Sou a que acorda de manhã e pensa no que fazer, e não mais em que agradar. Não espero mais a aprovação, tampouco as ordens. Ignoro a castração. Liberto tudo e todos da minha prisão. Na verdade, liberto-me de tudo e de todos os que me prenderam. Há muita coisa acontecendo que os olhos humanos não conseguem enxergar, tampouco meu ceticismo filosófico. Logo eu, sempre crítica e cética, experimentando o novo horizonte do meu próprio percurso.

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