O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

O recurso patético ao proparoxítono humorístico ou sarcástico ou satírico

sábado, 22 de janeiro de 2011

"O ano inteiro é sempre assim..."

Foi em um desses dias de longo exílio praiano, ao qual denominaram veraneio. Uma música ecoa na minha cabeça como trilha de uma alma muito, mas muito bem reacomodada no corpo. O ano começa com ares soberbos de paz e tranquilidade, de um egocentrismo não ordinário, mas completamente necessário diante do ano que passou, onde fui tragada pelos objetivos e sentimentos dos outros. Foi quando ouvi Bloco da Solidão - e apesar de, ao procurá-la depois na internet e encontrá-la lindamente na voz de Maysa, ainda a busco incansavelmente nos sites e não a encontro em outra versão. Pena. Por ora, a versão mais linda que já ouvi dela guardo para mim em vídeo, acompanhada por voz e violão, cantada por meu pai, na praia. Depois baixo o vídeo aqui, ou não.

Enquanto isso, a vida cheira a maresia, os pés se misturam à textura da areia, o paladar acumula sabores de família, ganho quilos irritantes, mas com temperos de redoma. Relendo velhos livros (O Apanhador no Campo de Centeio, dado por Glay no meu primeiro aniversário ao lado dele, e A morada do Ser, autografado lindamente pela autora, Estorvo e muito Bukowski.), rabiscados e frisados com grafite até o último espaço em branco em volta das páginas. Acordando com sorrisos e "bom dia" de quem amo. Dormindo somente com o barulho das ondas e o ronco do marido, numa casa de praia longe do barulho, fora de órbita.

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